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Apresentadora Gardênia Cavalcanti é reconhecida pelo MPRJ ao lado de especialistas por falar do tema saúde mental abertamente

Palestra sobre o Setembro Amarelo destaca o pioneirismo da apresentadora e a importância da conscientização na TV aberta

No dia 5 de setembro, o auditório do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) foi palco de uma homenagem significativa: a apresentadora Gardênia Cavalcanti, conhecida pelo seu trabalho à frente do programa Vem Com a Gente da Band Rio, foi celebrada por sua contribuição à saúde mental. O reconhecimento veio durante o evento “A Importância do Setembro Amarelo”, que faz parte da campanha nacional de prevenção ao suicídio.

A palestra contou com a presença de importantes especialistas na área de saúde mental, como o Dr. Antônio Geraldo, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e coordenador da Campanha Setembro Amarelo, e o Dr. Ervin Cotrik, psiquiatra e coordenador de saúde mental do MPRJ. A apresentadora Gardênia Cavalcanti, do programa Vem Com a Gente da Band Rio, também esteve no palco, participando ativamente da programação.

A homenagem, feita pelo Subprocurador-Geral de Justiça, Dr. Eduardo Lima Neto, e pelo Procurador-Geral de Justiça, Luciano Mattos, destacou a relevância do quadro semanal que Gardênia apresenta em seu programa. “Fui homenageada pelo pioneirismo de apresentar um quadro semanal na televisão aberta falando da saúde mental, no meu programa Vem Com a Gente, da Band Rio”, compartilhou a apresentadora, emocionada.

Setembro Amarelo: Um movimento global pela vida

O Setembro Amarelo, iniciado no Brasil em 2015, é uma campanha crucial para a prevenção do suicídio, que se estende ao longo do mês de setembro. Escolhido por coincidir com o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, celebrado no dia 10, o movimento tem como objetivo conscientizar a população sobre os fatores de risco para o comportamento suicida e promover debates sobre a saúde mental. A campanha é uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Inspirado pela história trágica de Mike Emme, um jovem americano que tirou a própria vida em 1994, o Setembro Amarelo tem se consolidado como uma das principais campanhas de conscientização sobre a saúde mental no Brasil. Locais públicos, como o Cristo Redentor, o Congresso Nacional e o Estádio Beira-Rio são iluminados em amarelo durante o mês, simbolizando a importância da discussão sobre o tema.

Os impactos do suicídio e a urgência da prevenção

O suicídio é considerado um problema de saúde pública no Brasil, com números alarmantes. Em média, 32 brasileiros tiram a própria vida todos os dias, uma estatística que supera as mortes causadas pela AIDS e pela maioria dos tipos de câncer. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking global de suicídios, atrás apenas de países como Índia, China e Estados Unidos.

No Rio Grande do Sul, a taxa de suicídio é a mais alta do país, com 10,2 casos por 100 mil habitantes. Globalmente, o suicídio é a terceira causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos e a sétima causa entre crianças de 10 a 14 anos. Entretanto, especialistas afirmam que 90% dos casos de suicídio podem ser prevenidos, o que reforça a importância de campanhas como o Setembro Amarelo.

Ansiedade e Depressão: O peso da saúde mental no Brasil

O Brasil também lidera o ranking mundial de transtornos de ansiedade, com 9,3% da população sofrendo com o problema. Este índice coloca o país como o maior consumidor de ansiolíticos, como o clonazepam, mais conhecido pela marca Rivotril. Em 2010, o clonazepam foi o segundo remédio mais vendido no Brasil, perdendo apenas para anticoncepcionais.

A depressão, outro grave problema de saúde mental, afeta 5,8% dos brasileiros, o que equivale a 11,5 milhões de pessoas. Esses dados fazem do Brasil o país com maior prevalência de depressão na América Latina e o segundo nas Américas, atrás apenas dos Estados Unidos.

Entre 2010 e 2016, o consumo de antidepressivos no Brasil aumentou em 74%, segundo um levantamento feito pela SulAmérica Seguros, enquanto o de ansiolíticos cresceu 110% no mesmo período. O crescimento do consumo de medicamentos reflete a gravidade da crise de saúde mental que o país enfrenta, exacerbada por fatores como a crise econômica e a violência urbana.

Gardênia Cavalcanti e a importância de falar sobre a saúde mental na TV Aberta

O evento no MPRJ não só homenageou a apresentadora Gardênia Cavalcanti, mas também reforçou o compromisso das instituições em promover debates que possam salvar vidas. Gardênia, que participa semanalmente de discussões sobre saúde mental com o Dr. Ervin Cotrik em seu programa, destacou a importância de oferecer informação correta e alertas preventivos. “Estamos no país mais ansioso do mundo, e é crucial levar conhecimento ao grande público para evitar que mais pessoas percam suas vidas pela falta de oportunidade de ouvir um profissional”, afirmou.

A união entre mídia, especialistas e órgãos públicos, como exemplificado pela atuação de Gardênia Cavalcanti, é vital para a conscientização sobre a saúde mental no Brasil. Ao levar o tema para a televisão aberta, Gardênia contribui significativamente para a quebra de tabus e para a disseminação de informações que podem salvar vidas.

O estigma em torno dos problemas de saúde mental ainda é um dos maiores obstáculos para quem busca ajuda e tratamento. Mitos como “depressão é frescura” ou “ansiedade é falta de força de vontade” perpetuam a desinformação e dificultam o reconhecimento da gravidade dessas condições. Esses estigmas são frequentemente discutidos no programa Vem Com a Gente, da Band Rio, onde Gardênia Cavalcanti e o Dr. Ervin Cotrik se dedicam a desmistificar essas crenças e a oferecer informações baseadas em evidências.

No programa, o Dr. Ervin Cotrik aborda semanalmente os mitos e verdades sobre saúde mental, desafiando preconceitos e promovendo uma compreensão mais profunda dos transtornos mentais. Ele destaca que problemas como depressão e ansiedade não são sinais de fraqueza, mas sim condições médicas que exigem tratamento adequado. Ao discutir esses temas abertamente na televisão aberta, Eles têm têm ajudado a romper o silêncio que muitas vezes envolve essas questões, incentivando os espectadores a procurarem ajuda sem medo de julgamento.

O impacto desse trabalho é significativo, pois ao levar o debate para o grande público, o programa contribui para a diminuição do estigma e promove a conscientização sobre a importância de cuidar da saúde mental. A união entre mídia e especialistas, como visto no programa de Gardênia Cavalcanti, é crucial para que mais pessoas compreendam que problemas de saúde mental são tratáveis e que buscar ajuda é um ato de coragem, não de fraqueza.