PRINCIPAL

Home > DESTAQUE DA INTERNET > Conheça dos vencedores do Prêmio Grande Otelo 2024

Conheça dos vencedores do Prêmio Grande Otelo 2024

Por Graça Paes, RJ (Agência Zapp News)

O evento reuniu grandes mestres do audiovisual na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, RJ

RIO DE JANEIRO 28/AGOSTO BRASIL – PRÊMIO GRANDE OTELO – CIDADE DAS ARTES/RJ. FOTO: DAVI CAMPANA

A noite de quarta-feira, dia 28 de agosto, foi de festa e premiação para o cinema brasileiro. No palco da Grande Sala, da Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, a Academia Brasileira de Cinema anunciou os vencedores do Prêmio Grande Otelo 2024, a mais importante festa do audiovisual brasileiro, que antes se chamava Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

Os mestres de cerimônia foram Dira Paes e Tony Garrido.

O evento foi transmitido ao vivo para todo o país pelo Canal Brasil e pelo Youtube da Academia Brasileira de Cinema.

A noite reservou muitas surpresas, entre homenagens e premiações. Um dos grandes destaques foi “Pedágio”, de Carolina Markowicz, que ganhou os prêmios de Melhor Longa-Metragem Ficção, Melhor Direção e Melhor Roteiro Original e o longa “O Sequestro do Voo 375”, de Marcus Baldini, que levou o maior número de troféus Grande Otelo da noite, seis.

O troféu Grande Otelo de Melhor Atriz de Longa-Metragem foi para Vera Holtz (“Tia Virgínia”) e o de Melhor Ator de Longa-Metragem, para Ailton Graça (“Mussum, O Filmis”). Arlete Salles venceu na categoria Melhor Atriz Coadjuvante (“Tia Virgínia”) e como Melhor Ator Coadjuvante quem ganhou foi Jorge Paz (“O Sequestro do Voo 375”). Julio Andrade foi aclamado o Melhor Ator Série de Ficção para TV Aberta, TV Paga ou Streaming, por “Betinho – No Fio da Navalha”, e Alice Carvalho como Melhor Atriz de Série de Ficção para TV Aberta, TV Paga ou Streaming, por “Cangaço Novo”.

A premiação

Foram anunciados 30 prêmios para longas-metragens, curtas e séries brasileiras: 29 produções escolhidas por profissionais associados à Academia Brasileira de Cinema, além do prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular, que teve votação do público pelo site da instituição.

Como é tradição, a abertura dos envelopes foi ao vivo, auditada pela PwC Brasil. A lista de finalistas reuniu este ano mais de 200 profissionais, 39 longas-metragens brasileiros, 5 longas ibero-americanos, 15 curtas-metragens brasileiros (5 de ficção, 5 documentários e 5 de animação); e 16 séries (4 de animação, 5 documentários e 5 de ficção).

Homenagens

O Cinema Novo foi o grande homenageado da edição de 2024, quando se comemora os 60 anos do filme “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha. Com projeções e performances musicais, a cerimônia dirigida por Batman Zavareze e com roteiro de Bebeto Abrantes levou o público a revisitar obras emblemáticas que marcaram a história do Brasil. Representantes do Cinema Novo, os cineastas Cacá Diegues, Ruy Guerra, Walter Lima Jr. e Zelito Vianna, assim como a produtora Lucy Barreto, subiram ao palco para receber seus troféus Grande Otelo das mãos dos dois mais icônicos atores do Cinema Novo: Antônio Pitanga (o inesquecível Firmino, de “Barravento”) e Othon Bastos (o eterno Corisco, de “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, ambos de Glauber Rocha).

A noite de celebração ao movimento que renovou a linguagem cinematográfica brasileira nos anos 1960 e 1970 teve performances musicais dos compositores e instrumentistas Pedro Luis e Yuri Queiroga, que apresentaram temas marcantes e trilhas, como a composição de Sérgio Ricardo para “Deus e o Diabo na Terra do Sol”; e “Joanna Francesa”, canção de Chico Buarque para o filme homônimo de Cacá Diegues. A cerimônia também contou com a performance de Toni Garrido, Pedro Luis, Ava Rocha e Caio Prado interpretando Macunaíma (1975), samba-enredo da Portela, com a intervenção da guitarra de Yuri Queiroga.

Renata Almeida Magalhães, presidente da Academia Brasileira de Cinema, falou sobre a mudança de nome da premiação, que até o ano passado se chamava Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, e celebrou a importância histórica do Cinema Novo. “Esse ano nosso Grande Prêmio do Cinema Brasileiro passou a se chamar Prêmio Grande Otelo: assim celebramos o nome do nosso troféu. Grande Otelo, nosso eterno Macunaíma, passeou das Chanchadas ao Cinema Novo, sem nenhum preconceito e sempre brilhante. E hoje a homenagem da Academia Brasileira de Cinema é ao Cinema Novo, que mudou definitivamente nosso cinema. Orgulho eterno e sempre um farol para que a gente jamais deixe de lembrar o que nosso cinema foi, é e ainda pode ser: aquele que só precisa de uma câmera na mão, uma ideia na cabeça e, claro, muita liberdade”.

O secretário Municipal de Cultura do Rio, Marcelo Calero, representou o prefeito Eduardo Paes na cerimônia e destacou a importância do audiovisual brasileiro  na expressão da diversidade da cultura brasileira. “O Prêmio Grande Otelo é não só um tributo aos profissionais do cinema brasileiro, mas também um símbolo de resiliência de uma indústria que não se curva diante das adversidades”, disse.

 

FOTOS WALLACE BARBOSA/ZAPP NEWS

 

VENCEDORES – PRÊMIO GRANDE OTELO 2024

 

Melhor Longa-Metragem Ficção

· PEDÁGIO, de Carolina Markowicz.

 

Melhor Direção

· CAROLINA MARKOWICZ por Pedágio.

 

Melhor Primeira Direção de Longa-Metragem

· SILVIO GUINDANE por Mussum, o Filmis.

 

Melhor Ator de Longa-Metragem

· AILTON GRAÇA como Mussum por Mussum, o Filmis.

 

Melhor Atriz de Longa-Metragem

· VERA HOLTZ como Virgínia por Tia Virgínia.

 

Melhor Ator Coadjuvante de Longa-Metragem

· JORGE PAZ como Nonato por O Sequestro do Voo 375.

 

Melhor Atriz Coadjuvante de Longa-Metragem

· ARLETE SALLES como Vanda por Tia Virgínia.

 

Melhor Longa-Metragem Ibero-americano

· LA SOCIEDAD DE LA NIEVE (Espanha, Uruguai, Argentina e Chile) /Ficção – Direção: J.A. Bayona. Indicação: Academia de las Artes y las Ciencias Cinematográficas de España.

 

 Melhor Longa-Metragem Voto Popular  

· PÉROLA, de Murilo Benício.

 

Melhor Roteiro Original

· CAROLINA MARKOWICZ por Pedágio.

 

Melhor Roteiro Adaptado

· LUSA SILVESTRE e MIKAEL DE ALBUQUERQUE – Adaptado do documentário “Sequestro do Voo 375”, de Constâncio Viana – por O Sequestro do Voo 375.

 

Melhor Longa-Metragem Infantil

· TURMA DA MÔNICA JOVEM – REFLEXO DO MEDO, de Mauricio Eça.

 

Melhor Ator Série de Ficção para TV Aberta, TV Paga ou Streaming

· JULIO ANDRADE como Betinho por Betinho – No Fio da Navalha, de Lipe Binder.

 

Melhor Atriz Série de Ficção para TV Aberta, TV Paga ou Streaming

· ALICE CARVALHO como Dinorah por Cangaço Novo.

 

Melhor Série Brasileira Ficção, de produção independente, para TV Aberta, TV Paga ou Streaming

· CANGAÇO NOVO, de Fabio Mendonça e Aly Muritiba.

 

Melhor Curta-Metragem Ficção

· A MENINA E O MAR, de Gabriel Mellin.

 

Melhor Longa-Metragem Animação

· PERLIMPS, de Alê Abreu.

 

Melhor Série Brasileira de Animação, de produção independente, para TV Aberta, TV Paga ou Streaming

· ESQUADRÃO DO MAR AZUL, de Rubens Belli.

 

Melhor Curta-Metragem Animação

· MULHER VESTIDA DE SOL, de Patrícia Moreira.

 

Melhor Longa-Metragem Documentário

· ELIS & TOM, SÓ TINHA DE SER COM VOCÊ, de Roberto de Oliveira e Jom Tob Azulay.

 

Melhor Série Brasileira de Documentário, de produção independente, para TV Aberta, TV Paga ou Streaming

· O CASO ESCOLA BASE – Direção Geral: Paulo Henrique Fontenelle.

 

Melhor Curta-Metragem Documentário

· THUË PIHI KUUWI – UMA MULHER PENSANDO, direção Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami.

 

Melhor Montagem

· LUCAS GONZAGA e GUSTAVO VASCONCELOS por O Sequestro do Voo 375.

 

Melhor Direção de Fotografia

· ADRIAN TEIJIDO, ABC, por O Rio do Desejo.

 

Melhor Efeito Visual

· MARCELO CUNHA e JOAQUIM MORENO por O Sequestro do Voo 375.

 

Melhor Som

· SÉRGIO SCLIAR, MIRIAM BIDERMAN, ABC e RICARDO REIS, ABC, por O Sequestro do Voo 375.

 

Melhor Direção de Arte

· RAFAEL RONCONI por O Sequestro do Voo 375.

 

Melhor Maquiagem

· MARI PIN e MARTÍN MACÍAS TRUJILLO por Mussum, o Filmis.

 

Melhor Figurino

· CASSIO BRASIL por Mussum, o Filmis.

 

Melhor Trilha Sonora

· DADO VILLA-LOBOS por Aumenta que é Rock’n’ Roll.